“Omnia possum in eo qui me confortat”
Tudo Posso Naquele Que me Fortalece *Fp 4,12-13*
Foi designado primeiro bispo da Diocese de Ilhéus Dom Manoel Antônio de Paiva, natural de Paraíba do Norte. Foi sagrado em Petrópolis no dia 18 de junho de 1915 e tomou posse no dia 08 de agosto.
“A entrada do primeiro bispo de Ilhéus na sua diocese, empolgou a cidade pelo seu ineditismo, esforçando-se o poder municipal por torná-la quando possível grandiosa. Calcula-se que fervilhavam nas ruas umas 10.000 pessoas, em boa parte forasteiros do interior do município, bem como dos municípios vizinhos, ávidos de assistir às cerimônias. Para o que vieram igualmente da Bahia representantes do poder público estadual, e da imprensa. Na altura conveniente da função litúrgica, celebrada na já agora catedral do novo bispado, estando presentes onze sacerdotes, ocupou o púlpito o grande orador sacro Mons. Elpídio Tapiranga”.[1]
Procurou organizar a administração da diocese e secretaria do bispado. Suas obras principais: o Colégio feminino, hoje Instituto Nossa Senhora da Piedade, sob a direção das Irmãs Ursulinas da União Romana; o Colégio diocesano São José, que não existe mais; construção de um sobrado ao lado do Palácio onde estava a Cúria, e que hoje é o Colégio Status; demoliu a antiga capela de São Sebastião em 1927 e lançou no mesmo local a pedra fundamental para a construção da atual catedral.
Em junho do mesmo ano encarregou o arquiteto Salomão da Silveira de elaborar o projeto. No fim do mesmo ano este estava preparado. Em 22 de janeiro de 1929 foi lançada solenemente a pedra fundamental.
Construiu o Palácio Episcopal, onde é hoje a Escola Santa Ângela, deixando-o quase terminado; organizou o patrimônio da Diocese. Nas margens do Gongogí fundou a Colônia Agrícola: escola e centro de catequese para índios remanescentes daquela zona, e que hoje não existe mais. Abriu o Seminário Nossa Senhora das Vitórias, na sua própria casa; Religiosas tomam a Direção dos Hospitais de Ilhéus e Itabuna; edita o semanário Diocesano “O Monitor” que começou a funcionar em agosto de 1916, com oficina própria. Fez longas e proveitosas visitas pastorais. Em todas as paróquias foi fundado o Apostolado da Oração, Arquiconfraria do Santo Rosário, Doutrina Cristã e Vicentinos. Após 15 anos, suportando “todo peso do dia e do calor”, foi o querido Bispo Dom Manoel Antônio de Paiva transferido para Garanhuns: “deixou em Ilhéus, pelas suas virtudes, um largo círculo de admiradores e amigos”.[2]